BIOLOGIA

Este é o blog dos alunos de Biologia da Universidade de Évora

sábado, fevereiro 26, 2005

Passeios no Sítio do Monfurado

Hoje tive uma manhã muito fixe! :) Fui a um passeio organizado pelo Posto de Turismo de Montemor-o-Novo!

O tema foi: "Musgos aquáticos e poluição, nas ribeiras de Monfurado". Este passeio teve a orientação de 2 biólogas do Centro de Ecologia e Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Neste passeio fiquei a saber como se pode avaliar a poluição de um curso de água, através da monitorização de musgos aquáticos. Depois disto ainda fomos ao Núcleo de Interpretação Ambiental dos Sítios de Cabrela e Monfurado, onde havia uma exposição. Entre outras coisas, estava lá uma exposição de formigas de várias espécies.

Gostei muito do passeio e acho que estes passeios são muito interessantes para um estudante de Biologia, por isso, se algum de vocês estiver interessado em ir a algum dos próximos passeios é só falar comigo que eu dou mais detalhes...Os passeios são quase todos aos sábados, da parte da manhã.

Aqui ficam as datas e temas dos próximos passeios (apenas dos que estão relacionados com Biologia):

19 de Março: Fauna e vias rodoviárias: uma coexistência possível? (orientado pelo biólogo Fernando Ascensão, da Universidade de Évora)

16 de Abril: Espécies prioritárias da Flora de Monfurado (com orientação da bióloga Adelaide Clemente, do Centro de Ecologia e Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa)

07 de Maio: Pesca eléctrica em albufeiras/inventário da ictiofauna (peixes) em Monfurado (com orientação dos biólogos Pedro Raposo e Rute Espanhol, da Universidade de Évora)

18 de Junho: Borboletas, libelinhas e escaravelhos da Serra de Monfurado (com orientação da bióloga Otília Miralto, da Universidade de Évora)

08 de Julho: os morcegos de Monfurado (com orientação do biólogo Tiago Marques)


Os passeios são gratuitos e têm início às 9:30 no Posto de Turismo de Montemor-o-Novo, com excepção do passeio de 08 de Julho, que se realiza à noite, com início às 20:30.


Fotos do passeio de hoje:

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sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Fotos 25-02-2005 Mitra

Hoje tirei mais algumas fotos a animais da Mitra....

Andava à procura de cobras, mas infelizmente não encontrei nem uma! Encontrei 14 escorpiões!
Aqui está um:
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Ao levantar uma placa grande de cimento encontrei um ninho com 2 ratos-do-campo (Apodemus sylvaticus)! Mas kuando ia tirar a foto fugiram. Mais tarde voltei ao mesmo sitio e lá estavam eles outra vez. Voltaram a fugir mas um fikou por perto e consegui tirar-lhe algumas fotos. Aqui está uma delas:
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Mesmo junto ao edifício onde temos aulas, debaixo de uma pedra estava uma rela-meridional (Hyla meridionalis):
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terça-feira, fevereiro 22, 2005

Fotos 21-02-2005, Mitra e Évora

Ontem tirei mais algumas fotos...

Na Mitra, antes da aula de Zoologia fui ver se conseguia encontrar algum animal interessante (de preferência cobras...). Encontrei a pele de uma cobra, mas estava em mau estado e não deu pra identificar a espécie. O melhor que consegui encontrar foi este escorpião (é uma fêmea):
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Sofia, Liliana e Carla:
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terça-feira, fevereiro 15, 2005

Uma aula...

Isto porque começámos um novo semestre, com novas disciplinas, que nos exigem determinadas coisas, peço-vos que percam 5 minutos do vosso tempo, e leiam esta história.



Imaginem um pequeno cão. Preso numa gaiola, numa sala escura. Ao seu lado, acima, e abaixo, outras gaiolas, com outros animais. No silêncio, ele fica acordado. Já se cansou de latir, uivar e agora apenas espera - pelo que não sabe nem pode prever. Foi trazido de algum lugar, depois de ter sido apanhado.

Um cão que vivia solto pelas ruas. Sem dono, sem nome, sem referência, esteve próximo do sacrifício, mas enfim alguém o adquiriu. Foi uma faculdade - uma das muitas faculdades de medicina que ainda usam animais para testes científicos.
O tempo passa. Na sua mente, apenas existe escuridão. Por vezes escuta, um ruído próximo: outro animal move-se, ou suspira. Com fome e arrepiado (é frio, o depósito), o cão mantém-se quieto, enroscado em si mesmo. Os olhos varrem o escuro, mas sabe que adiante dele estão as grades.

Então ouve-se um som. Luz surge ao rés do chão. E uma porta abre-se. Um homem vestido com um uniforme azul entra na sala, enquanto animais acordam e começam a latir. O cão na gaiola levanta-se e, não sendo violento, apenas abre os olhos para acompanhar o movimento. Vê as grades a abrirem-se, é seguro por mãos firmes e comprimido junto ao peito.

De repente, está no meio da luz. O contacto com o homem aquece-o, as suas mãos têm delicadeza. O homem tranca o depósito, os latidos dos animais ficam distantes. Estão agora num corredor, de paredes brancas e janelas gradeadas. Entram noutra porta e, no momento seguinte, o cão vê-se entre dezenas de pessoas. São rapazes e raparigas, vestidos com batas brancas - alguns parecem tensos. Farejando o ar, o cão percebe medo e o coração começa a bater mais forte. Há um clima tenso na sala e todos o seguem com o olhar. No silêncio da sala, um homem maduro, também de bata, toma-o das mãos do primeiro homem e diz alguma coisa.

O-B-R-I-G-A-D-O (o tom soa tranquilo).

Sozinho, o cão busca em seu redor. Numa janela, o começo da manhã: um pátio, pessoas, carros. O coração bate, ouve o professor falar com os estudantes. Alvo de olhares, sente a tensão crescer, mas nem todos estão tensos. O silêncio continua grande, entre cada palavra do homem de branco. Não há tanta delicadeza, agora - as mãos apertam os seus rins. É agarrado com pouca atenção. Chega o momento em que o homem pára de falar e dois rapazes cercam o cão. Pares de mãos colocam-no sobre a mesa - de costas, sobre o alumínio frio. Os jovens mantêm-no nessa posição, enquanto o professor agarra cada uma das suas patas e estende, amarrando-o.

O cão vê tudo de cabeça para baixo. No crânio, a pressão da mesa, o frio nas orelhas e no dorso. Tenta mover-se, mas as pernas estão esticadas para fora. Quanto mais luta, mais forte é a pressão nos pulsos. Ao sentir o ar, percebe a tensão, agora dominante - o coração bate muito rápido. Agora, o homem de branco diante de seus olhos prende-lhe o focinho. Sem ver a janela, o cão escuta o homem dizer, palavras que não entende, avisos que não entende e instruções que não entende. Se pudesse entender, saberia que tratam da importância do conhecimento científico e da necessidade de observação imparcial diante do que será feito.

O cão ouve um som metálico - uma caixa é colocada, ao seu lado. Uma rapariga, de vinte e poucos anos, tira um objecto brilhante e entrega-o ao homem. O coração bate sob a pele, os pulmões respiram com rapidez e tem uma ânsia de latir. A dor nos pulsos fica angustiante. Já não vê a janela, mas ouve ruídos, sons vindos de longe. O cão procura alguém, olha em redor de si, mas vê somente frascos escuros e cartazes com desenhos (fisiologia humana).
Nesse momento, o grupo aproxima-se: dezenas de estudantes em seu redor. Então, sente uma dor aguda - começam a cortar-lhe a barriga.

O coração dispara, tenta soltar-se, mas a dor fica insuportável. Debate as pernas, mas tão presas estão que quase não pode movê-las. Os pulsos estalam, o pescoço incha, os olhos ficam vermelhos e um gemido escapa pelo focinho. Queria latir - desabafar a dor! O corpo quente diante dos seus olhos debruça-se, a barriga arde e queima enquanto o bisturi avança. O cão grita, mas o som perde-se na garganta. Não houve um som, apenas as batidas surdas do coração.
Ninguém fala, existe apenas uma tensão contida. Movendo a cabeça, vê batas amarelas (a sua visão está destorcida), com rostos atentos em si. Os olhos não piscam, mas evitam os seus.
Sobre a mesa, o cão treme. Já não luta, não se move - mas ainda está vivo. Um calor brota de si, escorre pelo corpo, empapa seu dorso – o sangue escorre. A mente nublada, os olhos escuros, sente o bisturi parar. Mãos abrem a sua barriga. O corpo estremece, enquanto as vísceras são manuseadas. O coração bate fraco, os olhos fecham-se, a respiração diminui.

Uma voz fala no silêncio sem gemidos.

Depois, fecham-no. E acaba a lição.


Do livro Sociedade, ecologia e direitos dos animais.
Adaptado por Sara Garcia e Ana Leitão.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

09-02-2005 Mitra/Évora

Aqui estão algumas fotos k tirei hoje:

Dárcio, Pedro, Paulo e Mário: os 4 aventureiros na Ribeira de Valverde:
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Ribeira de Valverde:
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Aranha (encontrada junto à Ribeira de valverde):
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NO COMMENT lol:
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